quarta-feira, 27 de maio de 2009

Idolatria Minha - Parte 1

Dadá Figueiredo



Fui muito influenciado por esse cara, aliás, na minha adolescência não teve um surfista na minha área que não tenha sido...


Dadá Figueiredo era o mais radical surfista brasileiro, e de uma certa forma ainda é. Bebia, cheirava, capotava com o carro, ouvia punkrock antes dos filmes do Taylor Steele. Ele representava justamente o oposto do que caras como o Pedro Muller e o Renato Phebo eram, estes tinham postura de bons moços, certinhos, caretas, porém o Dadá era o contrário, vinha da zona norte do RJ, dirigia um fusca, ouvia Ratos de Porão, ou seja era o que eu curtia. Eu e mais um monte de gente, principalmente quem surfava no Recreio dos Bandeirantes em meados dos anos 80 até o começo dos anos 90. Essa galera sonhava com as pranchas shapeadas pelo Crivella e pelo próprio Dadá, usavam roupas da Redley (eu não, eu preferia camisas de bandas), frequentavam o recém-inaugurado Madureira Shopping (eu não ia, preferia andar de skate) e ouviam Midnight Oil (eu ouvia TSOL, Dead Kennedys e Agent Orange).
Dadá Figueiredo foi de certa forma importante na minha formação, apesar da legião de seguidores, ele era o diferente numa época que o Surf já caminhava para a massificação e uniformização. Talvez essa tenha sido a maior contribuição que o Dadá tenha deixado ao mundinho do Surf: a diferença.
Se liga no naipe do cara...

Um comentário:

  1. imagina se naquela época ele tivesse as pranchas que existem hoje em dia...

    ele me lembra o estilo do ozzie wright

    http://www.youtube.com/results?search_query=ozzie+wright&search_type=&aq=f

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